Por: Estevan Portela
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Finalmente entramos no último trimestre de 2023 e em todas as conversas que tenho há um clima de otimismo e esperança. Fico muito Feliz pois a sensação que tenho é que vivenciamos uma tempestade sem fim desde o início de 2020, com o aparecimento de uma pandemia e que foi se agravando a cada dia fazendo com que os anos de 2021 e 2022 parecessem um pesadelo sem fim.
Cada mensagem de um amigo que perdia seu emprego era como se um raio caísse e um vento sacudisse os telhados das nossas casas. O clima de pessimismo era como uma nuvem escura que não passava e a economia do país estava semelhante às cenas de “tsunami” que vimos nas reportagens de catástrofes.
O pior é que temos certeza de que essa tempestade foi agravada pelo resultado de décadas de uma administração irresponsável e inconsequente e de total fundamento político e não econômico.
Tenho certeza nessa afirmação pois as informações que vemos nos informativos econômicos é que depois da Venezuela e Argentina, o Brasil é o país que menos cresceu nos últimos anos nas Américas. Também em outros continentes perdemos em crescimento até de países viveram em guerras recentes. Portanto dessa vez não podemos culpar crises vindas de fora.
No meu trabalho vejo um grande volume de pessoas negativadas nos bureaus de crédito, e mesmo com esse otimismo que estamos observando nos últimos meses, apresentado nas campanhas do governo, acreditamos que o processo de recuperação levará no mínimo alguns meses ou até anos para voltarmos a um processo de crescimento digno de um país continental e com tantas riquezas como é o Brasil.
Alguns pontos me preocupam, pois, a sociedade viveu por mais de 2 anos a incerteza do futuro, com a chegada da pandemia e as empresas sofreram fortemente com o fechamento das lojas e a estagnação da economia. Hoje a maioria das empresas não tem mais fôlego e vivenciam o momento de um recorde de Recuperações Judiciais. O varejo está agonizando e vemos grandes redes sofrendo para se manterem vivas.
Outro ponto que me preocupa é que, apesar de todas as prisões cinematográficas e investigações intermináveis que assistimos anos atrás, todos os políticos condenados foram “descondenados” através de uma “canetada” de um ministro na calada da noite. De um dia para o outro o “bandido virou mocinho” e vice versa. Minha opinião é que é “tudo farinha do mesmo saco”. A grande dúvida é :Como tudo isso será escrito nos nossos livros de história ?
Por isso, independente do andamento da justiça, devemos fazer a nossa parte e cobrar esses políticos que foram eleitos a fazerem o seu trabalho de “servidores públicos” e realmente servir a sociedade e não ao seu próprio interesse. Banir do poder aqueles que tiverem histórico de corrupção e má conduta.
Infelizmente não sei sobra alguém, mas é a única forma de fazermos a nossa parte e contribuir para que essa tempestade termine e voltemos a ser um país que cresça e ofereça uma vida digna a todos.
Todos sabemos que a chuva é muito importante para a natureza, porém fora de época e em demasia, destrói qualquer coisa. Portanto vamos rezar e trabalhar para que as chuvas voltem à normalidade.
Para terminar, gostaria de deixar um trecho de uma música que gosto bastante do James Morrison e Ryan Tedder, que apesar de ter um significado romântico e não econômico e ser uma tradução livre, pode ilustrar essa minha analogia.
“Se for um dia chuvoso; Não há nada que possamos fazer para mudar;
Nós podemos rezar por um tempo ensolarado;
Mas isso não vai parar a chuva;
Estou sentindo que você não tem para onde correr...;
Nós podemos fazer isso durar para sempre"
Que tenhamos um final de ano muito ensolarado.
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