Por Estevan Portela
Estamos chegando ao final de mais um ano e com todos que converso, a opinião é a mesma: “Parece que 2023 não termina nunca!”.
A sensação é que tivemos vários anos dentro de um mesmo ano, que começou com uma grande expectativa de mudança, mas que logo nos primeiros meses tomamos um “balde de água fria” com o mais do mesmo. Mudança de extremo, mas o que parece é que estamos vendo em um reflexo no espelho.
A copa do mundo não trouxe nenhuma novidade, mas que em minha opinião teve um componente positivo, pois pelo contrário poderíamos ter vivido a costumeira anestesia social que acontece quando o Brasil é Campeão. Não é por coincidência que as eleições majoritárias acontecem sempre junto com uma Copa do Mundo de Futebol. Copa do Mundo é um instrumento há muito tempo que anestesia o Povo e por uma grande coincidência ocorre alguns meses que antecedem as eleições majoritárias. Uma espécie de política de “Pão e Circo” que era praticada desde a época da Roma antiga.
Acredito que o eleitor ponderou todo esse cenário e demonstrou nas urnas um forte desejo de mudança, ainda que não tivéssemos muitas opções. No final, pelo menos houve a troca de algumas “figurinhas carimbadas” que se repetiam no poder executivo e legislativo nos últimos 25 anos. Embora outras tais figurinhas ainda continuam sentando-se em algumas cadeiras e continuarão sendo “autoridades” pelos próximos quatro anos.
No início do ano observamos um clima de esperança, que é sinônimo de confiança, tema que já abordei em textos anteriores.
O sentimento de confiança se inicia nas pessoas e a soma de todo esse sentimento que reflete em toda uma sociedade ou país. Esse sentimento é muito positivo pois abrange também os empresários e investidores, que voltam a acreditar no país. Esse é um componente importante após termos vivenciado uma pandemia e um longo tempo de medo e incerteza que vivemos nos anos 2020 e 2021.
A confiança em um país é o que motiva empreendedores nacionais e internacionais a investirem em empresas e projetos de longo prazo e assim movimentar toda uma economia, gerando emprego e renda.
A questão objetiva é: Quem coloca dinheiro em um pais cuja principal matéria amplamente divulgada em todos os veículos de comunicação são consecutivos escândalos de corrupção envolvendo toda a classe política e uma parte do segmento empresarial?
Se considerarmos que os políticos que elegemos representam a sociedade, podemos concluir que a nossa imagem diante de outros países é refletida nesses representantes. Isso significa que perante outros países temos a mesma conduta desses nossos representantes. Portanto, essa confiança que depositamos neles não pode ser traída, pois pelo contrário, daqui um ano voltaremos ao mesmo ponto que estamos hoje, porém o país não tem mais espaço para manter um cenário adverso e com altos índices de desemprego.
Portanto, a única saída que temos é acordar todas as manhãs e trabalhar acreditando que esse é um momento de recomeçar e ter Fé que amanhã tudo será melhor. Afinal a maior virtude do brasileiro é a resiliência e confiança de que um dia seremos uma grande Nação.
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